terça-feira, 7 de abril de 2015

Impasse na contratação de mão de obra rural pode ser resolvido essa semana

                Os deputados federais votarão, nos próximos dias, o projeto que regulamenta contratos de terceirização no Brasil. Alvo de críticas de sindicatos e de partidos de esquerda, como PT e PCdoB, mas defendida por empresários e alas progressistas do Congresso, a proposta permite que empresas contratem trabalhadores terceirizados para exercer qualquer serviço. Hoje em dia, as chamadas atividades-fim não podem ser terceirizadas. “Será um grande avanço para o Brasil, uma oportunidade de retomarmos o ritmo de desenvolvimento”, afirma o deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB/SC), que defende a aprovação do PL 4330/04.
                Para a região que Peninha representa, em Santa Catarina, um dos principais avanços do texto está no Artigo 2º, onde fica claramente exposta a possibilidade de o produtor rural terceirizar o plantio, cultivo e colheita de sua safra. No parágrafo III, inciso 1º, o texto determina que “podem figurar como contratante, nos termos do inciso II deste artigo, o produtor rural pessoa física e o profissional liberal no exercício de sua profissão”. Na opinião do parlamentar, a nova norma vai facilitar a vida de milhares de produtores de cebola que atualmente sofrem com a truculenta fiscalização do Ministério do Trabalho. “Com a aprovação deste projeto, o agricultor vai poder contratar uma empresa prestadora de serviços para executar o transplante da cebola ou a colheita da plantação. Os trabalhadores não terão mais vínculo empregatício com o dono da lavoura, mas com a empresa para qual eles trabalham”, explica Peninha.
                A medida já é adotada com sucesso em países como os Estados Unidos, China e Canadá. Para prestar serviços terceirizados, a empresa terá que comprovar aptidão técnica para exercer a atividade, além de ficar responsável pelo planejamento e execução dos trabalhos. Ela também se responsabilizará pela contratação e pelo pagamento dos funcionários.
                Depois de passar pelo plenário da Câmara dos Deputados, o PL 4330/04, de autoria do ex-deputado Sandro Mabel (PMDB/GO), será encaminhado à apreciação do Senado Federal e posterior sanção presidencial.


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