sexta-feira, 19 de abril de 2013

Pinhão: safra complementa renda de produtores

Em toda a Serra, em período de safra normal, a produção média é de 250 mil sacas; desse total, Lages é responsável por 10%

A colheita do pinhão teve início no dia 1º de abril e nestas primeiras duas semanas notou-se queda na produção deste ano. O secretário de Agricultura e Pesca, João Pereira, acompanhou um dia de colheita na propriedade do produtor Oneide de Liz, na tarde desta quarta-feira (17), na Coxilha Rica. Em toda a Serra, em período de safra normal, a produção média é de 250 mil sacas; desse total, Lages é responsável por 10%. Para este ano a expectativa é de queda de 50% se comparado com anos anteriores, porém, os produtores estão confiantes com a margem de lucro.
De acordo com João Pereira, a quebra de safra se deu pela alternância de ciclos da araucária. “O pinheiro da araucária se desenvolve de maneira nativa, ou seja, sem o manejo do agricultor; isto é, se reproduz de maneira natural”, explica. De tempos em tempos acontece à regulação da araucária em seu ciclo biológico, o que interfere na produção. “Como a araucária se reproduz em estado nativo, existe variação de safra; neste ano houve um agravamento em função da seca, no início do verão, e da geada tardia no ano passado”, conta o secretário.
Mesmo com dados negativos, João Pereira acredita que o produtor não sofrerá com a queda na produção. “Em Lages, a renda oriunda da colheita do pinhão não é tão expressiva; claro que neste ano haverá queda nos rendimentos, mas nada que comprometa a renda durante o inverno”, afirma. A expectativa é que para o ano que vem a colheita seja bem melhor. “Temos observado que a pinha que estará pronta para colheita no ano que vem já está em formação; espera-se uma safra melhor”, relata.

À venda na feira

O produtor e empresário Oneide de Liz, que complementa sua renda com a safra do pinhão, mesmo com uma colheita menor espera obter lucro. “Este é um ano fraco de pinhão, mas até o fim da safra pretendo extrair 1,5 tonelada da semente, o que é pouco se comparar com anos anteriores”, revela.
Oneide conta que comercializará o pinhão na Feira Sabor do Campo, junto aos demais produtos que oferece aos lageanos. “O pinhão é um recurso a mais que tiro da terra para comercializar, que resulta em dinheiro extra; será bem investido na propriedade. E o apoio da Secretaria de Agricultura e Pesca, na Feira Sabor do Campo, contribui para o fomento”, reitera.

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